Anjos de Berlim

Eu cheguei com o meu chapéu russo
De orelhas murchas penduradas
Sentei-me a teu lado e a noite
Era aquecida à luz das esplanadas
Os nossos olhares eram gémeos
Começámos a conversar
Numa língua da qual ninguém
Tinha ouvido falar

Somos anjos de Berlim
Dispensamos passaporte
Somos anjos de Berlim
As nossas asas têm um fim
Elas afugentam a morte

Dos gigantes da ilha de Páscoa
Aos balões da Capadócia
Nos trepámos pela Patagónia
E pelas noites de Buenos Aires
Partilhámos os mesmo lençóis
Adormecemos em Inverness
E a alvorada encontrou-nos
Poderosamente sós

Somos anjos de Berlim
Dispensamos passaporte
Somos anjos de Berlim
As nossas asas têm um fim
Elas afugentam a morte

Eu cheguei de chapéu à portenho
Que refletia a casa usada
Procurei-te no caminito
Mas tu já tinhas seguido outra estrada
Encontrá-mo-nos em Istambul
Os taxistas não sabiam nada
E arrancámos numa gaivota
Com papas de fada

Somos anjos de Berlim
Dispensamos passaporte
Somos anjos de Berlim
As nossas asas têm um fim
Elas afugentam a morte

Trivia about the song Anjos de Berlim by Jorge Palma

When was the song “Anjos de Berlim” released by Jorge Palma?
The song Anjos de Berlim was released in 2011, on the album “Com Todo o Respeito”.

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