Décima do Potro Baio

Eu sai pela fronteira ver negócios de importância
E pra ver se me ajustava de capataz de uma estância
Cheguei lá e me ajustei, donde havia uma potrada
Onde tinha um bagual baio respeitado da peonada

Baio da venta rasgada carunchado nos cornilho
Foi o que mais me agradou pra sentar o meu lombilho
Pra encilhar o venta rasgada custou uma barbaridade
Baixou a cabeça na estância foi levantar na cidade

Da estância para a cidade regulava légua e meia
Onde o baio se acalmou foi na venda do Gouveia
E eu apeei lá no Gouveia pra tomar uns tragos de vinho
Depois belisquei o baio desde a marca inté o focinho

Este baio corcoveava mesmo que um boi tafoneiro
Pois já estava acostumado a corcovear o dia inteiro
Bombeei pra um oitão do rancho vi uma prenda me espiando
E o baio não via nada e continuava corcoveando

Menina, minha menina me agarra senão eu caio
Que eu já venho sufocado com o balanço deste baio
Uma espora sem roseta e a outra sem papagaio
Se as duas tivessem boas, que seria desse baio

Quase arrebentei um pulso e as duas canas do braço
Deixei o baio bordado de tanta espora e mangaço
Um dia deixei a estância e fui cumprir minha sina
Mas o baio ficou manso inté pro selim de China

Trivia about the song Décima do Potro Baio by José Claudio Machado

On which albums was the song “Décima do Potro Baio” released by José Claudio Machado?
José Claudio Machado released the song on the albums “Fletes e Amores” in 1988 and “No Meu Rancho” in 2008.

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