Não Te Hei-de Largar
Num dia em tons de azul
Acordei para te ver
Sem murmúrio nem queixume
A saudade quis adormecer
Corri e desbravei
E dragões derrubei
És a pedra preciosa ai ai
Vales bem as cicatrizes que ganhei
Quando o vento sussurra o teu nome
As pedras da calçada proclamam
O doce balanço do teu olhar
Eu perco-me em ti
Não posso escapar
Venham ventos e tempestades
Movam-se as montanhas
Finalmente vejo esta verdade
Não te hei-de largar
Não te hei-de largar
No dia em que amanheci
Vi em ti o azul que há em mim
A saudade ainda desperta ai ai
Mas pelo que ainda há por descobrir
E se o vento grita o teu nome
Os outeiros emanam teu aroma
E se as ruas minguam com a tua lembrança
Eu deixo-me ir no teu balançar
Inspirado pelo teu simples simples respirar
Venham ventos e tempestades
Rachem-se as montanhas
Finalmente vejo esta verdade
Não te hei-de largar
Haja fome ou prosperidade
Fechem-se as fronteiras
Em novo ou com muita idade
Não te hei-de largar
Não te hei-de escapar
Não te hei-de largar