Entre
[Intro: Kamau & Colagens]
Seja bem-vindo
Portas abertas da minha mente
Pode colar, sem arrastar
Confusa, mas real e intensa
O que se passa pela sua cabeça
Tenta entender o que que pega aqui
Seja bem-vindo ao meu mundo
Onde minha insanidade descansa
[Verso 1: Kamau]
Abro a janela, deixo a luz chegar
E iluminar os pensamentos que aqui dentro há
Lavo as palavras, reflito com meu reflexo
Vou buscar um nexo e tem quente já
Alimento a mente, dou ração pra alma
Pacientemente dou razão pra calma
Rego as sementes, cuido bem do jardim
E cada flor ali presente é importante pra mim
Recolho os frutos já maduros e volto pro lar
Ouço um barulho lá em cima e corro pra olhar
(brainstorm) tempestade no sótão
Difícil de conter as goteiras que brotam
Idéias jorram e escorrem pela caneta
Que serve de canaleta e vem bem a calhar
Se o papel é terra fértil adubando dá
Se fizer do jeito certo logo vai vingar
Mas deixa eu arrumar a sala de estar
Alguém pode querer aparecer pra visitar
E mexendo sem querer numa gaveta qualquer
Encontro algumas linhas sem cabeça nem pé
Mas talvez tenham conserto e alguma serventia
Guardo numa melodia e depois vejo quem quer
Quem vem lá? sem avisar, pra variar
Não repara na bagunça mas pode ficar... à vontade
[Refrão: Paola Evangelista e Di Ferrero]
Num quarto qualquer (qualquer)
O mundo que eu quero pra mim (pra mim)
Meu canto, meu refúgio pra onde fujo de mim
De onde de repente surjo entre silêncios e sons
Os maus e os bons, talentos e dons, entre o início e o fim
[Verso 2: Kamau]
Entre pensamentos soltos e idéias fixas
Entre holocausto urbano, ventura e dwitza
Entre dedos cruzados (figa), punhos cerrados
E mãos unidas em prece pra que nada dê errado
Entre o tempo curto e missões cumpridas
Significado oculto e lições aprendidas
Entre meus lemas e dilemas
Entre meus temas e estratagemas
Entre memórias, lembranças
Histórias de andanças e novas esperanças
Entre idéias e ideais
Poucos verdadeiros e alguns reais
Entre experiências e decepções
Entre boas ações e reações
Esboços de canções e harmonias
Entre os velhos tempos e os novos dias
Entre os novos hábitos e os velhos vícios
Entre finais abruptos e reinícios
Novos indícios de que ainda há pra onde ir
Razões que fazem valer a pena ficar aqui
Entre déjà vus e devaneios
Entre bloqueios, sonhos e anseios
Ordem em meio ao meu caos encontro
Entro, me concentro e saio pronto pro próximo
[Refrão: Paola Evangelista e Di Ferrero]
Num quarto qualquer (qualquer)
O mundo que eu quero pra mim (pra mim)
Meu canto, meu refúgio pra onde fujo de mim
De onde de repente surjo entre silêncios e sons
Os maus e os bons, talentos e dons, entre o início e o fim