Balada Cibernética

Carlos Melo / Cassiano Roda

Você jogou fora o que era seu
Cuspiu no prato em que comeu
Seu proceder não foi sério
Me trocou por alguém eficiente
Até mesmo mais potente
Perpetrou-se o adultério
E eu fiz vista grossa, meu amor
Mas bem sei que você me trai
Com um microcomputador
Vi você com ele em
Nossa cama
Disputando videogame
E fliperama
Mas previna a este fruto
Da ciência deturpada
Que amanhã vou
Arranca-lo da tomada
De tudo ao meu computador serei atenta
Antes, e com tal zelo, e sempre e de modo tão terno
Que mesmo diante de um modelo mais moderno
Dele serei sempre a tiete mais sedenta
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de pagar as contas da light
Que alimenta os seus megabytes
Sem nenhum pesar ou descontentamento
E assim, quando mais tarde, num outro dia
Quem sabe a assistência técnica,
Angústia de quem vive,
Pedir pelo seu concerto uns 800 paus
Eu possa dizer do computador (que tive)
Que não seja imortal posto que é fabricado em manaus
Mas que seja infinito enquanto dure a garantia.

Trivia about the song Balada Cibernética by Língua de Trapo

When was the song “Balada Cibernética” released by Língua de Trapo?
The song Balada Cibernética was released in 2005, on the album “Língua de Trapo: 25 Anos 7 CDs + 1 DVD”.
Who composed the song “Balada Cibernética” by Língua de Trapo?
The song “Balada Cibernética” by Língua de Trapo was composed by Carlos Melo and Cassiano Roda.

Most popular songs of Língua de Trapo

Other artists of Rock and Roll