Relíquia

Estância velha, trago n'alma um breve santo que herdei
Da raça xucra dos que vieram te trazendo até aqui
E cada pedra e cada grota contam sonhos do que foi
Um tempo lindo que tranqueia cabresteando meu sentir

Estância velha, em cada bota trago huellas de sofrer
Dos muitos riscos das esporas, que a saudade me deixou
E nas cambotas tenho a marca dos tropeiros que passou
Mas na memória reculuta a alma antiga do meu ser

Mas sei que um dia, irá
A raça bugra dos campeiros renascer da fé
Que o mundo novo não apaga o que ficou pra trás
E a estância antiga como um sonho viverá!

Mas sei que um dia, irá
A raça bugra dos campeiros renascer da fé
Que o mundo novo não apaga o que ficou pra trás
E a estância viverá!

Estância velha, emalo a sorte ao poncho pátria do sentir
Nesta saudade de outros tempos que nem sei bem explicar
E ao trote largo deste tempo em que ninguém sabe quem é
Somos consciência da verdade que contigo, há de ficar!

Trivia about the song Relíquia by Lisandro Amaral

When was the song “Relíquia” released by Lisandro Amaral?
The song Relíquia was released in 2005, on the album “Razões de Ser”.

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