Memórias de Um Narciso
Deixo a vida me levar
Aonde ela quiser
Boto a culpa no destino
No fim vai tudo se acertar
Se estou triste abro um uísque
Devo ter um bom motivo
Se não tenho, invento
Hoje eu só quero me livrar de mim
Estou preso em meio a um labirinto cheio de espelhos
O meu mundo gira em torno das vontades que eu tenho
Estou imerso em um sistema que me diz: -você é livre!
Mas no fundo o desejo pela liberdade não cessou
Que eu sou escravo do consumo desse amor por mim
Eu sou escravo sem saber que sou assim
Eu sou escravo do consumo desse amor por mim
Eu sou escravo sem saber
No fundo eu me cansei de me relacionar comigo
E eu escrevo aqui as últimas memórias de um narciso
Vou procurar a paz que não se encontra em mim
Essa plenitude não se pode achar em alguém como eu
Que sou escravo do consumo desse amor por mim
Eu sou escravo sem saber que sou assim
Eu sou escravo do consumo desse amor por mim
O amor não pode ser tão egoísta assim