De Boas Vindas

Ângelo Franco / Gujo Teixeira

Estendi de novo o meu olhar de boas vindas
Até onde essa solidão dava horizonte
Larguei pro campo o meu gateado, lombo suado
Ando cismado, de alma distante, desde ontonte

A voz do fogo falou de novo no meu galpão
Mimando a cambona pra um mate novo recém cevado
Recuerdos meus, desses antigos feito tapera
Tavam na espera cuidando um sonho ensimesmado

Vai pelo tempo o que a alma sente sem dizer nada
Onde rumo e estrada nem sempre são o mesmo caminho
Tem tanta coisa que além dos olhos nos deixa triste
Que o sonho insiste em achar seu rumo mesmo sozinho

Quem sabe a alma desta fronteira vá mais além
Porteira aberta pra os rumos tantos que a vida mostra
A vida é assim, nos põe na cruz de uma encruzilhada
Pra escolher a estrada e buscar aquilo que mais se gosta

Um dia a sorte reponta todos os cavalos mansos
E um olhar de campo escolhe um bueno pra se encilhar
Porque a gente passa a vida inteira por ir embora
Depois não vê a hora e o quanto é tarde pra se voltar

E o mesmo olhar de boas vindas vai cuidar ao longe
Nos esperando pra um mate novo, noutra volteada
Depois que o sonho achar seu rumo por sua conta
E voltar na ponta, num pingo bueno pra contar a estrada

Trivia about the song De Boas Vindas by Luiz Marenco

When was the song “De Boas Vindas” released by Luiz Marenco?
The song De Boas Vindas was released in 2005, on the album “Enchendo Os Olhos de Campo”.
Who composed the song “De Boas Vindas” by Luiz Marenco?
The song “De Boas Vindas” by Luiz Marenco was composed by Ângelo Franco and Gujo Teixeira.

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