Relembrando Nazareth
Insuperável
Esse turuna vitorioso
Sem ser espalhafatoso
Diz na música o que quer
É arrojado
E todo cheio de capricho
Já falou até de bicho
De pingüim e jacaré
De beija-flor ele falou
De pirilampo já falou
E escorregando e respingando
Foi virando o que ele é
Desengonçado
Com suas notas inclinadas
Só diziam pro ernesto
Pinta as hastes mais de pé
Digo de improviso
Que é melhor que paraíso
Quando sinto que harmonizo
Nazaré
Mas sei que é duvidoso
Perigoso e tenebroso
Quando escolho tantas notas
Que elas todas
Vão parar no rodapé
Então não caio noutra dessa
E quando vou escrever uma peça
Num compasso que eu não possa atravessar
Polca a polca vou cantando
Até tudo ajustar
É adorável
Que ele lá todo cutuba
E eu aqui todo capiba
Já podemos conversar
E que o brejeiro
De seu beijinho de moça
Vire um turbilhão de beijos
E desejos a saciar
E que mau-mau vire bom-bom
E que odiar vire odeon
E todo tango brasileiro
Tenha um pouco do fon-fon
E é uma delícia
Ver as hastes inclinadas
Todas desequilibradas