Choro em Silêncio
Impetuoso guerreiro tua chama esmorece de angústia
Bradam impotentes fracas vozes
E toda a fama que um dia bradaste decai sobre a ira e a dor
Clamam ante ímpios poderosos
Decai sobre a ira e a dor
Choro em silêncio por todos os filhos da terra
Que semearam em seu solo sementes de guerra
Regam com o sangue de seus próprios filhos tão odiosa era
Que dissemina a discórdia por sobre esta esfera
Enfeitiçado por essa ilusão
Partiste em busca de guerras
Mas a morte em sua ousadia
Te lança de volta a teu pesadelo
E a vida se esvai em dor
E os sonhos deixam de ser
Só resta a ilusão
De um novo amanhecer
E o manto que se esvai sobre minh’alma
Transforma minha face
Meu ser se banha com o teu calor
Inebriado pelo teu olhar
E toda esta sina de guerra e poder
Recai sobre os teus descendentes
Dilacerando sua carne e bebendo seu sangue
Em nome da grande mentira
Ouço teu grito clamando piedade
Tua alma perdida que vaga na imensidão
Mas as trevas em sua intensidade
Lúgubre luar
Conduzem-me ao céu embestiado
Meu ser se banha com o teu calor
Inebriado pelo teu olhar
Tua sede de sangue se perde nos traços da história
Ó humana semente, teu orgulho não tem memória