Desmaia, irmã, desmaia

Zé Dos Eclipses

Na velha mansão ao poente
Mulheres de olhos esvaídos
Quietas, abandonam-se ao vento,
Claustros na luz esquecidos.

Como um anjo a chorar
O sangrar de rosa fulvas,
Ronda a noite o dolente arfar
Da beleza das viúvas.

Desmaia, irmã, desmaia.
Desmaia, irmã, desmaia.

Sombras invadem os corredores,
Gritos e lâminas afiadas
Tingem de sangue os lençóis,
Bandeiras no amor desfraldadas.

E o sol deita-se cansado
Enquanto os santos desfigurados
Deslizam com a morte
Num sono profundo.

Desmaia, irmã, desmaia.
Desmaia, irmã, desmaia.

Na velha mansão ao poente
Mulheres de olhos esvaídos
Quietas, abandonam-se ao vento,
Claustros na luz esquecidos.

Como um anjo a chorar
A beleza das viúvas
Ronda a noite o último arfar
Do sangue, entornado em golfadas turvas.

Desmaia, irmã, desmaia.
Desmaia, irmã, desmaia.

Trivia about the song Desmaia, irmã, desmaia by Mão Morta

When was the song “Desmaia, irmã, desmaia” released by Mão Morta?
The song Desmaia, irmã, desmaia was released in 1990, on the album “Corações Felpudos”.
Who composed the song “Desmaia, irmã, desmaia” by Mão Morta?
The song “Desmaia, irmã, desmaia” by Mão Morta was composed by Zé Dos Eclipses.

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