Quando a Lua Faz Costado
Fernando Soares / Marcelo Oliveira
De longe vem o brilho das estrelas
Que vertem destes olhos para os teus
Pois choram quando o vento firma o rastro
E baila junto à flor de um sonho meu.
A brisa que carrega a madrugada
Com lágrimas de orvalho pelo tempo
Campeia na saudade campo afora
O cheiro do setembro ao relento.
Na hora em que o silêncio faz costado
Trazendo pra minha volta a solidão
Podemos mirar juntos, nossos olhos
Na lua que aproxima o coração.
Parece até que escuto ao longe um pranto
Quem sabe vem da hastilha camboneada
Pois solta da sua alma de tapera
Lamentos de não ser mais tua picada.