Chão de Estrelas

Orestes Barbosa, Silvio Caldas

Minha vida era um palco iluminado
E eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões
Cheio dos guisos falsos da alegria
Andei cantando a minha fantasia
Entre as palmas febris dos corações

Meu barracão lá no morro do salgueiro
Tinha um cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje quando do Sol a claridade
Cobre meu barracão sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou

Nossas roupas comuns dependuradas
Nas cordas qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival
Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional

A porta do barraco era sem trinco
E a Lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
E tu, tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a ventura dessa vida
É a cabrocha, o luar, o violão

A porta do barraco era sem trinco
E a Lua furando nosso zinco
Salpicava de estrelas nosso chão
E tu, tu pisavas nos astros distraída
Sem saber que a ventura dessa vida
É a cabrocha, o luar e o violão

Trivia about the song Chão de Estrelas by Maria Bethânia

On which albums was the song “Chão de Estrelas” released by Maria Bethânia?
Maria Bethânia released the song on the albums “A Cena Muda - Ao Vivo” in 1974 and “Âmbar” in 1996.
Who composed the song “Chão de Estrelas” by Maria Bethânia?
The song “Chão de Estrelas” by Maria Bethânia was composed by Orestes Barbosa, Silvio Caldas.

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