Reis

Não se fere um rei a ferro e fogo
Eu não desejaria ao fogo, à febre um rei
Seja cangaceira a carta à Espanha
Seja d'ouro a cana, o canto servo, a lei

A cada grito a porta aberta desespera
Aponta a flecha ao céu além
Cada caravela que espera o retorno da era
Quimera, a peixeira, o desdém

Não se cala um canto, uma discórdia
A língua que separa a prece
Ilude o mesmo Deus
Não se foge ao mar a procurar relíquias
Sujeitando a mata a recriar o caos

A cada grito a porta aberta desespera
Aponta a flecha ao céu além
Cada caravela que espera o retorno da era
Quimera, a peixeira, o desdém

Dizimando o rei, o réu sou eu
Vitimando o réu, o rei sou eu
Cangaceiro febril da terra inteira, o erro é meu

Da mortalha a peixeira que usei
Cada prece iludida que preguei
Desbravando o meu peito sem fronteira
Agora eu sei

Consumando o rei, o réu sou eu
Vitimando o réu, o rei sou eu
Cangaceiro febril da terra inteira, o erro é meu

Da mortalha a peixeira que usei
Cada prece iludida que preguei
Desbravando o meu peito sem fronteira
Agora eu sei

Não se fere um rei a ferro e fogo
Eu não desejaria ao fogo, à febre um rei
Não se cala um canto, uma discórdia
A língua que separa a prece
Ilude o mesmo Deus

Trivia about the song Reis by Maria Gadú

When was the song “Reis” released by Maria Gadú?
The song Reis was released in 2011, on the album “Mais Uma Página”.

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