Meeiro
Tem nada não!
Eu sou a semente desse chão!
Pra mim valeu!
A comida do seu prato, também sou eu!
Sei que é pesado meu irmão
Ir pra o roçado plantar feijão
Servir de escravo pro patrão
Que só lhe paga com humilhação!
Tem nada não!
Eu sou a semente desse chão!
Pra mim valeu!
A comida do seu prato, também sou eu!
Mas, é tão leve seu coração
Sua consciência, sua digestão
E o suor que lhe lava o seu rosto
Lhe lava o peito, que lhe rega o corpo
Em cada poro plantou o amor
Lhe dar coragem agricultor!
Tem nada não!
Eu sou a semente desse chão!
Pra mim valeu!
A comida do seu prato, também sou eu!
Mais peso, está levando seu patrão
Na consciência e no coração!
E o suor que lhe suja o rosto
Lhe suja o peito, e lhe enche o bolso
E a consciência de desespero
Em cada poro, plantou dinheiro!
Tem nada não!