Canção do Verde
O meu cavalo sabe aonde é a luta
Sabe escolher o verde que desfruta
Nesta colheita amarelida destas limitações
O meu rebento é quem abriga o gado
Campo dobrado onde meu sul galopa
Buscando a vida quitandeira das alucinações!
Nas fronteiras nuas do arvoredo mutilado
Sempre fica alguma pra chorar do outro lado
Pede por quem perde lá na mata, lá na várzea, por aí
Faz com que a procura da textura da madeira
Desabrigue aos poucos o descanso das ovelhas
Força de quem some lá na mata, lá na várzea, por aí
O meu destino não conhece rédeas
Não faz de conta, nem tem sete léguas
Ele é amigo mais antigo, vizinho ao que faz mal
Meu desafio teme o sombrio das folhas
É o que rebanha o fardo sem escolha
Onde despéta-la indefesa a cor da flor integral!