Turquesa

[Letra de "Turquesa"]

[Intro]
Há encontros furtuitos que mudam destinos
Frio pede sempre abraço e o abraço o beijo
Realidades bem distantes e no meio o abismo
O planeta deixou de rodar no eixo

[Verso 1]
Há encontros furtuitos que mudam destinos
Fundem circuitos, deixam-nos atónitos
Os olhares comunicaram mais que frases feitas
Mergulharam um no outro sem deixar suspeitas
Momentaneamente o passado era inexistente
E a permanentе cicatriz era lhe indiferеnte
O tempo parou, a vida em câmara lenta
Coração pulsou, passou a tormenta
Uma emoção violenta
Mas cheia de leveza
A nobre beleza, olhos azul turquesa
Sensação de certeza, pura confiança
Dedo sem aliança, e então ele avança
Com charme de galã de telenovela
E uma vã esperança de ficar com ela
Dígitos estão escritos na palma da mão
Que ele mostra ao amigo perdido na ilusão

[Refrão]
As vinhas da ira geram pobres castas
Há uma pequena flor a crescer entre aspas
Sombras no telhado, fantasma da ópera
É a magia do amor em tempos de cólera

[Verso 2]
O planeta deixou de rodar no eixo
Frio pede sempre abraço
E o abraço o beijo
"Klint" diz ela ao ver o reflexo do espelho
"Quem?" diz ele com o rosto a ficar vermelho
Polos opostos atraídos pelo magnetismo
Realidades bem distantes e no meio o abismo
Uma vida de luxo e uma vida no lixo
É um tiro na mouche, ou será só capricho?
Ela é cornucópia, pura volúpia
Ele perdido na luxúria desta utopia
Lembrou-se do que o amigo antes lhe dizia
"Mano elas gostam sempre é do mais rufia"
Seria só curiosidade? é tudo tão real
Toda aquela suavidade não era normal
Ela predestinada à elite do requinte
Ele condenado pela estatística a ser um pedinte

[Refrão]
As vinhas da ira geram pobres castas
Há uma pequena flor a crescer entre aspas
Sombras no telhado, fantasma da ópera
É a magia do amor em tempos de cólera