Modernidade
Hoje eu vivo em um mundo moderno
Pega a caneta e o caderno
Que eu vou compor uma canção
Queria falar do universo
Mas não cabe nos meus versos
Não vivo de ficção
Vou falar da minha realidade
De alguns atos covardes que eu já presenciei
Dentro da minha comunidade
Numa sexta-feira a tarde eu só não discuti
Que eu não quero virar estatística
E ser só mais um nome na lista
No prontuário de um médico legista
Nesse país que é cheio de injustiça
Modernidade não trouxe nenhum benefício
Pro nosso povo carente, lá da favela
Vários barracos a beira de precipício
Tem gente que acha bonito quando passa na novela