Vítima do Sensacionalismo
[Letra de “Vítima Do Sensacionalismo” Ft. Marília]
[Verso 1: MCK]
Análises erradas, más interpretações
Ideias aguadas, mesquinhices criadas, definições
Violação da liberdade de criação
Censura, calúnias e difamações
Justificações manipuladoras, falsas opiniões
O K é isto, o K é aquilo, burras conclusões
Bwe’de mitos ao meu respeito p’ra fazer o véu
Crucificaram o meu disco na cadeira de réus
Jornalistas disseram que a DNIC me prendeu
Disco-Jockeys deram a dica que o álbum não vendeu
Fofoqueiros boataram: “Katrogi morreu”
Lançaram-me no fogo como Galileu
A sociedade me chamou de maluco e a igreja de ateu
Areia demasiada pro meu camião
Inferno ou céu, quem tem razão?
Eles ou eu ? eis a questão
Cristo ou Barrabás? eu peço-vos reflexão
Reflitam
[Refrão: Marília]
Tatório
Tatório
Ay suku yangue
[Verso 2: MCK]
A sociedade caminha de patas pro ar
Todos seguem a onda do deixa a vida me levar
Arte verdadeira poucos querem fazer
Grupos separam-se por causa do cachê
Artistas descartáveis, músicas sem conteúdos
Vozes desafinadas, a rádio passa tudo
É só corromper o radialista p’ra cena tocar
Filhinhos de papai também querem vocar
Adolescentes semi-nuas desfilam na tela
Em publicidades de bebidas e peças de novela
O que observo no videoclip não me diz nada
Promove-se futilidades de forma descarada
Ostentação material, mamas a expostas
Jóias, carros, rabos à mostra
É nisto que tu apostas, é disso que tu gostas
Esqueces que o teu filho tambêm vê televisão
Depois me dizes que eu é que não tenho educação
Mais velhos kazukuteiros, ngombelam miudinhas
Cotas de 60 engravidam catorzinhas
A direita o Bairro Azul,a esquerda está o Prenda
O que é que incentiva a violência ?
As letras do K ou a má distribuição da renda
O que é que frustra o cidadão ?
As batidas do Katró ou o novo carro que entrou
Terrorista de raiz ? quem é ?
O jornalista da Eclésia ou o tropa da UGGG...
Shh...
[Refrão: Marília]
Tatório
Tatório
Ay suku yangue
[Verse 3: MCK]
Bater nas zungueiras e fazer justiça ?
Quem é que toca vossas contas da Suiça
De gatunos de galinha a comarca anda cheia
Quem gasta o dinheiro do povo tem banco na Assembleia
Províncias vão a ruina, nada acontece
Depois de duas maratonas, o povo se esquece
O parlamento não fala, o tribunal não julga
Governadores exonerados passam férias na tuga
Visitas nas aldeias é só na fase eleitoral
Com camisolas do partido, açucar e sal
Controlam a casa, espantam as abelhas
Levam bicicletas pro soba e panos pras velhas
As bandeiras são vossas, maluco sou eu ?
Sempre mal interpretado como Galileu
A ribalta é o maior palco dos escândalos
As bandeiras são vossas e eu é que sou o vândalo
Não são poucas as novelas de idiotice
Giovana Pinto levantou a poeira das misses
A vontade de ser famosa e falta de auto-domínio
Pernas abertas atraem patrocínio
[Refrão: Marília]
Tatório
Tatório
Ay suku yangue