Os Tambores de Minas (Minas Drums)

Era um, era dois, era cem
Mil tambores e as vozes do além
Morro velho, senzala, casa cheia
Repinica, rebate, revolteia
E trovão no céu é candeia
Era bumbo, era surdo e era caixa
Meia-volta e mais volta e meia
Pocotó, trem de ferro e uma luz
Procissão, chão de flores e Jesus

Bate forte até sangrar a mão
E batendo pelos que se foram
Os batendo pelos que voltaram
Os tembores de Minas soarão
Seus tambores nunca se calaram

Era couro batendo e era lata
Era um sino com a nota exata
Pé no chão e as cadeiras da mulata
E o futuro nas mãos do menino
Batucando por fé e destino
Bate roupa em riacho a lavadeira
Ritmando de qualquer maneira
E por fim o tambor da musculatura
O tum-tum ancestral do coração
Quando chega a febre ninguém segura

Bate forte até sangrar a mão
Os tambores de Minas soarão
Seus tambores nunca se calaram...

Trivia about the song Os Tambores de Minas (Minas Drums) by Milton Nascimento

When was the song “Os Tambores de Minas (Minas Drums)” released by Milton Nascimento?
The song Os Tambores de Minas (Minas Drums) was released in 1997, on the album “Nascimento”.

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