Meu Chucrismo
Eu fui criado em em fazenda, já disse e repito agora
Os potros já me conhecem pelo tinido da espora
Não sou manso de cidade, meu xucrismo é lá de fora
Por não respeitar serviço sou amigo à qualquer hora
Quando o potro corcoveia atiro o corpo pra trás
Tapeio o chapéu na testa com cisma de capataz
Não uso travar a espora pra mostrar que sou capaz
Eu uso surrar cruzado como um bom ginete faz
Minha cama é uma tarimba e um pelego bom de lã
Minha casa é um galpão grande com caibros de tarumã
Trago entranhado na pele o cheiro da picumã
Sou índio forte e guerreiro temente às leis de tupã
Pelas veredas da vida eu sempre andei preparado
Em volta do meu pescoço sempre o meu lenço amarrado
Um cinto cheio de bala e um revolver carregado
Pois sou amigo e preservo os costumes do passado