Saudades de Boiadeiro
No tempo que eu era moço
Fui peão de boiadeiro
No sertão de Mato Grosso
No grande estado mineiro
Fiz transporte de boiada
Viajando o mês inteiro
Hoje já estou cansado
Não posso mais viajá
Meu peito soluça triste
Sinto meus olhos chorá
De longe quando escuto
Um berrante arrepicá
Ainda tenho lembrança
Meu bombacho xadrezado
Minha bota sanfonada
Meu par de espora prateado
Meu laço feito em rodia
Na parede pendurado
Só me farta duas coisa
Alembro o resto da vida
A minha besta bragada
E o meu cachorro de lida
Companheiro de jornada
Das minhas viage comprida
Saudade de boiadeiro
E das viage distante
Das estrada empoeirada
E os campo verdejante
E os berro dos cuiabano
E os repiques do berrante