Áfricas, do Berço Real À Corte Brasiliana
Olodumarê: O Deus maior, o rei senhor
Olorum derrama a sua alteza na Beija-Flor
Oh! Majestade Negra, oh, Mãe da liberdade
África: O baobá da vida Ilê Ifé
Áfricas: Realidade e realeza, axé
Calunga cruzou o mar
Nobreza a desembarcar na Bahia
A fé Nagô-Yorubá
Um canto pro meu Orixá tem magia
Machado de Xangô, cajado de Oxalá
Ogum yê, o Onirê, ele é Odara
É jejê, é jejê, é querebentã
A luz que vem de Daomé, reino de Dan
Arte e cultura, casa da Mina
Quanta bravura, negra divina
Zumbi é rei
Jamais se entregou, rei guardião
Palmares, hei de ver pulsando em cada coração
Galanga, pó de ouro, é a remição enfim
Maracatu, chegou rainha Ginga
Gamboa: A pequena África de Obá
Da Pedra do Sal, viu despontar a Cidade do Samba
Então dobre o rum
Pra Ciata de Oxum imortal
Soberana do meu carnaval, na princesa nilopolitana
Agoyê, o mundo deve o perdão
A quem sangrou pela história
África de lutas e de glória
Sou quilombola Beija-Flor
Sangue de rei, comunidade
Obatalá anunciou
Já raiou o Sol da liberdade