Francisco Alves
Até a Lua do Rio
No céu tranquilo e vazio
Não inspira mais amor
O violão desafina
Porque chora em cada esquina
A falta do seu cantor
Escravo da melodia
Ele cantando escrevia
O que na alma brotava
Subindo os degraus da glória
Ele escreveu a história
Da cidade que adorava
O Rio foi o seu berço
O violão foi o terço
O samba sua oração
Sambista de um mundo novo
Da alma simples de um povo
Que samba de pé no chão
Velho Chico, tu recordas
Um violão cujas cordas
A mão de Deus rebentou
Porque falta o samba agora
A lágrima que o samba chora
Na voz que a chama apagou
Porque falta o samba agora
A lágrima que o samba chora
Na voz que a chama apagou