Nada será como antes
Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes, amanhã
Como se fosse num jogo lotado no estádio do Maracanã
Nada será como antes, nada como um novo dia, uma chance
Nada que não se desmanche
Nada que não se destrua ou construa a revanche
Então veja a nuance
Se via de fora tão fora de alcance
Em apenas um lance
A vida vadia pra mais um romance, tio
Não é engano, cê viu
A deixa, a hora oportuna pra se levantar e riu
Uma porta abriu
O universo se inverso, diverso, covarde e frio
O bolso vazio
É um quebra pra desenrolar, é Brasil
De dezembro a abril
De 100 em 100 eu também guardei mais de dez mil
Guardei mais de 100 mil
Guardei mais 200 mil
Guardei mais e mais e mil
Guardei mais de 100 em 100
Tô no corre, o Rock tem
Tô a mil, a mil, amém
Vem, vem, vem
Num domingo qualquer, qualquer hora
Ventania em qualquer direção
Sei que nada será como antes, amanhã
Mesmo diante de antes
Tão perto, mas tão distante
Sempre em frente e avante defronte a ti
Eu estava aqui, eu estava ali
Bem na sua frente
Tão igual, tão diferente
Divergente, divergente, rompendo suas correntes
Com raiva, com os próprios dentes
No limite, na dianteira
Borrando suas fronteiras
Nossas memórias, histórias
Abalam suas velhas trincheiras
Vem
Eu já estou com o pé nessa estrada (vem)
Qualquer dia a gente se vê (vem)
Sei que nada será como antes, amanhã (vem, vem)
Nem sanitários, nem sanatórios
Nos seus espelhos que eu me espalho (espalho, espalho)
Incontrolável legião, a diferença que persiste na frágil repetição
Que vem e vão, vem e vão
Nem sanitários, nem sanatórios
Nos seus espelhos que eu me espalho
Incontrolável legião, a diferença que persiste na frágil repetição
Que vem e vão, vem e vão
Sei que nada será como antes, amanhã