Camponês
Procurando respostas pra regras impostas
Verá: quem as faz não procura paz
Com chuva certa a esperança germina
No campo que sangra, a guerra domina
Quem vive da terra espera céu forte
Com vento norte trazido do mar
Dá vida às sementes. Há nuvens, correntes
Que batizam o solo e alimentam meu lar
Sol nascente
Mãos inchadas
Enxadas nas mãos
Fim do dia, vida dura
Duram as marcas em seu coração
Onde passaste plantaste as dores
Matando vidas, cultivando horrores
Poluiu os mares, sujou os ares,
Cortou as árvores e destruiu lares
Meus pés descalços. Chutou sua cerca
Quebrou seu império, destruiu fronteiras
Regou lavouras com sangue em mãos
Ocupou sua terra, cultivou seu chão
A roça suada, a tribo calada
A cerca farpada, liberdade esperada
Liberdade!