A Cara do Rio
A televisão boa de mira
Atira nos olhos de quem vê
O mané esperto, a criança,
O executivo crê que não crê
Que o beijo, que o sangue, que a missa
É o que mais se vê na tv
Mas ela não vê que quem vê
Não é dono da própia visão
Das cores e do pensamento
Da grana e da reação
E a vida imita a tv (3 vezes)
Não quero ser um brasileiro
Culpando a televisão
Discurso sem paradeiro
Igual esta própia canção
Que a lama brilhante
Nos nostre o elefante noutra dimensão
Que a sua democracia sirva de exemplo à nação
A nação (3 vezes)
Prenúncio de nada mais (bis)
Que vida real
Sou assim o Rio de Janeiro olha por mim
Quero a vida sem miséria, sem apologia
Da malandragem otária
Vida respingada de vida
Surfista ferroviário
Vida pingente