Polca de Damas
No meu rio grande nos fandangos de galpão
A moçada pede logo toque a polca do bastão
Lá pelas tantas quando o baile está no fim
Toca-se a polca de damas e a moçada canta assim
Quem é que canta o primeiro verso
Lá do céu caiu um cravo não era branco e nem roxo
De tanta saudade de ti nem botei feijão no fogo
Outro índio que cante um verso
Lá vem o Sol saindo redondo igual um tamanco
Se não gostava de mim por que roubaste minha égua
No meu rio grande nos fandangos de galpão
A moçada pede logo toque a polca do bastão
Lá pelas tantas quando o baile está no fim
Toca-se a polca de damas e a moçada canta assim
Mais um índio que pule no terreiro
Tanta laranja por cima, tanto limão pelo chão
Tanto sangue derramado foi um boi que suicidou-se
E eu vou rematar
Atirei um tição na água de pesado foi ao fundo
Os peixinho então gritaram: É uma brasa
No meu rio grande nos fandangos de galpão
A moçada pede logo toque a polca do bastão
Lá pelas tantas quando o baile está no fim
Toca-se a polca de damas e a moçada canta assim
Vamos se embora que findou a madrugada
E quem não soube cantar verso não arrumou namorada
Vamos se embora que findou a madrugada
E quem não soube cantar verso não arrumou namorada