Canção da Ternura
Quando a saudade rompe a véu da tarde
Chega a meu peito sem dar um oh, de casa
Mudando o passo e o compasso lento
De um coração que vive ardendo em brasa.
Aprisionado por um longo abraço
Como se a amada viesse nesse instante
Num pensamento, sigo ensimesmado
Seguindo o rastro de um olhar distante.
Pego um violão e canto ternamente
Seguindo as notas, sendas que persigo
Oh, minha amada meu pequeno mundo
Como é sublime namorar contigo.
Os passarinhos lá nos arvoredos
Cantam prelúdios pra aliviar meu pranto
E num repente surge lá na estrada
Aquela prenda que seguiu meu canto.
Doce ternura em teus lindos olhos
Faltava o brilho pra dar vidas as cores
Esse recanto sem o teu sorriso
É a primavera sem brotar as flores.