Chão de Estrelas

Orestes Barbosa, Silvio Caldas

Minha vida era um palco iluminado
E eu vivia vestido de dourado
Palhaço das perdidas ilusões

Cheio dos guizos falsos de alegria
Eu vivia cantando a minha fantasia
Entre aplausos febris dos corações
Meu barracão lá no morro do Salgueiro

Tinha o cantar alegre de um viveiro
Foste a sonoridade que acabou
E hoje, quando do sol, a claridade
Forra o meu barracão, sinto saudade
Da mulher pomba-rola que voou

Nossas roupas comuns dependuradas
Na corda, qual bandeiras agitadas
Pareciam um estranho festival

Festa dos nossos trapos coloridos
A mostrar que nos morros mal vestidos
É sempre feriado nacional
A porta do barraco era sem trinco
E a lua, furando o nosso zinco

Salpicava de estrelas o nosso chão
Tu pisavas os astros distraída
A mostrar que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão digo
É a cabrocha escorregando no sabão digo
É os gatos miando no porão digo

Trivia about the song Chão de Estrelas by Os Mutantes

On which albums was the song “Chão de Estrelas” released by Os Mutantes?
Os Mutantes released the song on the albums “A Divina Comédia ou Ando Meio Desligado” in 1970, “A Arte de Os Mutantes” in 2006, and “De Volta ao Planeta dos Mutantes” in 2006.
Who composed the song “Chão de Estrelas” by Os Mutantes?
The song “Chão de Estrelas” by Os Mutantes was composed by Orestes Barbosa, Silvio Caldas.

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