Povo de Roma

Tudo que cê quer, eles dizem tudo bem
Tudo que cê quer, eles dizem amém
Os seus pais tão legais
Tudo que você precisa eles te dão mais e mais
Aliás, a proprósito, falando nisso
Você ganhou um carro, mexido e envenenado
Que passa do meu lado, voado
Mas só que de repente

O outro carro, cruzou a sua reta
Também tava com pressa
E o chão tava molhado, você foi atirado
Violentamente, pelo vidro da frente
(Por que? Tá querendo aparecer!)
Agora, olha a multidão
Você tá aí no chão, tá tudo quebrado
Encharcado, ensanguentado
Paralisado, atordoado
Cheio de gente do teu lado

Mas olha só, acabou a brincadeira
Tu vai morrer de bobeira
Em plena sexta-feira
Eu vou dizer: vamô empurrando a minha gente (aha uhu)
Pipoca e cachorro-quente (aha uhu)

Pessoas poem velas
Perto do seu rosto
E de todo o seu corpo
Você tá quase morto
E o socorro que não chega
Hoje é sexta-feira e você tá aí morrendo
Vivendo os seus últimos momentos
Acabou seu tempo
Aí eu lhe pergunto: valeu a pena?
Resolveu o seu problema
Não, mas a televisão, chegou
Agora eu quero ver, o que cê vai dizer

Mas olha só, acabou a brincadeira
Tu vai morrer de bobeira
Em plena sexta-feira
Eu vou dizer: vamô simbora a minha gente (aha uhu)
Que vai ter morte no acidente (aha uhu)

Mas olha só, acabou a brincadeira
Tu vai morrer de bobeira
Em plena sexta-feira
Eu vou dizer: vamô empurrando a minha gente (aha uhu)
Pipoca e cachorro-quente (aha uhu)

Mas olha só, acabou a brincadeira
Tu vai morrer de bobeira
Em plena sexta-feira
Eu vou dizer: vamô simbora a minha gente (aha uhu)
Que vai ter morte no acidente (aha uhu)