Make Up For Giu

Paulo Rocha, Mustvche

Aprendi que tudo se repete, porém momentos nunca voltam
E eu me vi preso a algo que já não era mais meu
Tanto tempo nesse hiato sem enxergar um fim
É tão difícil entender que somos seres atemporais vivendo um estado sóbrio
Acordaremos em outros corpos com outros nomes

Seu exílio foi meu algoz, qual de nós é a vítima agora?
(depois de tudo)
Eu errei e tenho que conviver com tudo que o erro traz
Talvez o futuro explique
Só não se faça de vítima agora

E quando eu te vi tentei ver como quem vê de fora
Então entendi que não há como eu ir embora
Sou parte de mim como quem não quer nada

Erram comigo e eu me tornei errado
Errei com pessoas que nunca erram
Me tornei o que me feriu no passado
Percebi que não aprendi nada com a dor

Então agora eu vou
e me aceito como um ser errante
Já não distingo quem sou mais
Pois ando sempre com meu ser ausente
Eu sou presente onde eu vou
Mas meu presente é sempre incerto

Ainda sinto sua falta se maquiando ou não

Nos tornamos dois estranhos
E eu não sei como me apresentar de novo pra você
O que me resta é esquecer e seguir fingindo que não dói

Meu sorriso sempre foi minha melhor máscara

1% ao dia é um processo lento
Vivendo ao limbo das memórias revivendo momentos

Talvez sem o sol suas noites fiquem longas e com dias mais calmos

e me aceito como um ser errante
Já não distingo quem sou mais
Pois ando sempre com meu ser ausente
Eu sou presente onde eu vou
Mas meu presente é sempre incerto

Erram comigo e eu me tornei errado
Errei com pessoas que nunca erram
Me tornei o que me feriu no passado
Percebi que não aprendi nada com a dor

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