Cravo Branco
Paulo Vanzolini
Saiu de casa de terno tropical
Camisa creme, lenço e gravata igual
Jantou e saiu satisfeito
Pra antes da meia-noite
Morrer com um tiro no peito
Ela lhe deu o cravo
O outro se ofendeu
Ele olhou no revólver
Dava tempo e não correu
Dobrou os joelhos, desabou no chão
Os olhos redondos
E o cravo branco na mão
Ai, o pobre, caído no chão
De bruços no sangue
Com o cravo branco na mão
Ai, o pobre, caído no chão
De bruços no sangue
Com o cravo branco na mão