Poesia Sertaneja

A vida não perde o prumo
E assim vai seguindo o seu rumo
Desliza nos trilhos do tempo
Destrancando as portas do mundo

Florescendo a mata da serra
Dourando de sol nossa terra
A vida não se reserva
Seja inverno ou primavera

Segue o remanso lento
Esse rio imenso que quer chegar
Vai na força da vida que o convida
A nunca parar

Na solidão da terra
A cigarra espera pra ver chegar
O dia em que cantará pra misturar a voz
Na voz que a vida tem

A vida nunca desiste
É certo outro dia virá
E assim a semente cresce
O fruto aparece pra confirmar
E a luz que ao nascer da aurora
Despede a noite que dormirá
E a estrela resguarda o brilho pra
Que depois possa rebrilhar

A vida é parto constante
É pátria de todo andante
Quem chega, quem parte, quem fica
Reparte a dor da partida

Em todos os cantos do mundo
Ao nobre e ao vagabundo
A vida sorri generosa
Despertando verso e prosa

Segue o poeta triste
A dor que insiste em resguardar
Cestos de alegrias que se iluminam
De poema e sol

Segue a boiada mansa
Que na estrada avança querendo chegar
E eu vou seguindo a vida
Que vai amansando o meu coração

Trivia about the song Poesia Sertaneja by Pe. Fábio de Melo

When was the song “Poesia Sertaneja” released by Pe. Fábio de Melo?
The song Poesia Sertaneja was released in 2006, on the album “Sou um Zé da Silva e Outros Tantos”.

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