Inferno
Arthur Rodrigues / Ton Guimarães
Das noites no inferno restaram o tédio
Dos dias celestiais a descrença
Para onde vou, porque parar?
Se as nuvens estão altas e meus pés no chão
E treme terra e tome tombo
Quem me esmurra também sussurra:
Que não quer dor apenas o vigor da ira
Não sei há quanto tempo ando, nem a direção inicial
Sei que me misturo ao pó e dele me abasteço
Meu único princípio e divergir dos ventos que levam
Diferentes cinzas para o mesmo lugar