Humildade e Disciplina

Humildade, disciplina e a vida ensina
Ninguém é mais que ninguém, eu me vi em sua retina.
Mente doente assassina, só com a caneta que assina,
enquanto a coca refina lá nos morros tem chacina.
Quem patrocina nasceu em berço de ouro.
DNA da maldade, gargalha ao ouvir seu choro.
Céloko, tio!
O troco é pouco pra quem tá fora do topo
e pra buscar seu troco à milhão na cena do louco.
No sufoco uns mete fita pra ter o que comer na mesa
e os governantes roubam nós pra viver igual realeza
E presa a costumes, sua cabeça vira presa.
É tipo cardumes nadando livres na represa.
As empresas lucram com a fome
e a fome segue sorrindo
e as grandes corporações querem ter total domínio.
Mas vai faiá!
Fascínio pelo poder.
Sei que vai faiá!
Enquanto o rap tiver proceder.
Salvê! Só paz e bem desejo a nós tudo.
Amém. Então vamos além pra sair desse casulo,
pra fugir desse castelo que nos doma a fogo e ferro,
tô pra aprender quando erro, tô pra viver sigo cego a saga.
E a caminhada tem que ser sã e sincera,
sem perder o contexto, sangue bom, senão já era.
Em meio às feras manter a ideia forte
pra que não se desespere e não se perca em holofote.
Zona Norte, interior, Piracicaba.
Respeito mútuo é a chave e se não for assim amarga.
De pião pela quebrada eu vejo a vida que prossegue
enquanto as câmeras seguem, enquanto o águia escolta,
enquanto isso, no planalto, helicóptero cheio de cocaína.
Justiça arrancou as vendas pra ver bem quem ela extermina.
E que a consciência ilumine esse vale da escuridão.
Que haja ciência que ainda há tempo, basta manter os pés no chão.
A vida é cada momento e cada qual tece o destino.
Eu vou suave junto ao vento, nosso sorrir é um hino.