As Profecias

Paulo Coelho De Souza, Raul Santos Seixas

Tem dias que a gente se sente
Um pouco, talvez, menos gente
Um dia daqueles sem graça
De chuva cair na vidraça
Um dia qualquer sem pensar
Sentindo o futuro no ar
O ar, carregado, sutil
Um dia de maio ou abril
Sem qualquer amigo do lado
Sozinho, em silêncio, calado
Com uma pergunta na alma
Por que nessa tarde tão calma
O tempo parece parado?

Está em qualquer profecia
Dos sábios que viram o futuro
Dos loucos que escrevem no muro
Das teias do sonho remoto
Estouro, explosão, maremoto
A chama da guerra acesa
A fome sentada na mesa
O copo com álcool no bar
O anjo surgindo no mar

Os selos de fogo, o eclipse
Os símbolos do apocalipse
Os séculos de Nostradamus
A fuga geral dos ciganos
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia

Um gosto azedo na boca
A moça que sonha, a louca
O homem que quer mas se esquece
O mundo do dá ou do desce
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia
Sem fogo, sem sangue, sem ás
O mundo dos nossos ancestrais
Acaba sem guerra mortais
Sem glórias de Mártir ferido
Sem um estrondo, mas com um gemido

Os selos de fogo, o eclipse
Os símbolo do apocalipse
A fuga geral do ciganos
Os séculos de Nostradamus
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia

Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia
Está em qualquer profecia
Que o mundo se acaba um dia
Um dia

Sim, sim, sim

Trivia about the song As Profecias by Raul Seixas

When was the song “As Profecias” released by Raul Seixas?
The song As Profecias was released in 1978, on the album “Mata Virgem”.
Who composed the song “As Profecias” by Raul Seixas?
The song “As Profecias” by Raul Seixas was composed by Paulo Coelho De Souza, Raul Santos Seixas.

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