Aos Trancos e Barrancos
Taí eu sou um cara que subi na vida
Morava no morro e agora moro no Leblon.
Eu vou pendurado na janela,
Vou mais pensando nela
Que esse sujo pelo chão
Eu vou descascando a minha vida,
Sujando a avenida
Com meu sangue de limão
Rio de Janeiro
Você não me dá tempo de pensar com tantas cores
Sob este sol
Pra que pensar se eu tenho o que quero
Tenho a nega, o meu bolero,
A TV e o futebol
Eu não vou levando nosso leite
Troquei por um bilhete
Da roleta federal
Eu vou pela pista do aterro
E nem vejo meu enterro
Que vai passando no jornal