Guerreiro do Nordeste

Era triste a vida daquele
Cujo nome era a raimundo
Não sabia quem era ele
E a roça era o seu mundo
Sofria com a falta de comida
Pois nunca recebera oportunidade na vida
Era claro em seu semblante o sofrimento
Uma angústia que vinha de dentro
Já não tinha sentimento
Tinha medo de todo este processo lento
Decidiu mudar o seu destino
E veio procurar abrigo
Em uma grande metrópole
Realizava um sonho de menino
Só tinha a roupa do corpo e a sorte
Com muita paciência pensou o dia inteiro
Tirou a conclusão e foi pro rio de janeiro
Gastou toda a sua economia
Quando saiu da paraíba
Era um motivo de alegria
Raimundo não sabia o que viria
No rio existia o preconceito
Na cidade grande nada era direito
Achava que não tinha nenhum segredo
Mas depois veio a brotar seu medo
E o mais difícil foi arrumar emprego
Conseguiu empregar-se em uma lanchonete
Na qual a dona era ivonete
Raimundo trabalhava de 7 ás 7
Um dia conheceu a elizabete
Recebia quatrocentos e pagava o aluguel
E sobrava apenas cem
E olhava para o céu:
-meu deus quando eu vou ser alguém?
Continuava a passar fome
Queria apenas ser um homem
E o prefeito prometia
Que o povo viveria sem agonia
E perdeu o seu emprego
Agora era desespero
Sem motivo de alegria
Não sabia o que faria
E então lhe ofereceram dinheiro em troca de uns negócios
Aceitou, pois sentia fome
Além de tudo ele era um homem
E merecia dignidade, de toda a cidade
O negócio ele não sabia
O importante era que sem fome ele viveria
Seguia na cidade com uma moto
E fazia uma fé na loto
Levava uma caixa grande
Não sabia o que tinha dentro
Sua vida já não é como era antes
E havia conseguido um novo apartamento
E agora já não mais sentia fome
E já se sentia homem
E conseguiu se armar
E começou a se embebedar
Arrumava confusão a toa
As vezes brigava com quem tava numa boa
E foi se complicando
Muito mais se viciando
Aos poucos foi perdendo a vergonha
E agora ele passou para a maconha
Freqüentava muitos morros, e ia por baile funk
Ia para lapa pra espancar emo's e punks
Foi dando muita corda pra se enforcar
A sua única diversão era brigar
E aos poucos começava a roubar
E arrumava confusão lá na vila militar
Só vivia pra birita
Já usava cocaína
Arrumava confusão em um monte de lugar
E levava porrada da p.a
Tava devendo dinheiro pro dono da boca
Achava cocaína uma coisa muito louca
Abusou e duvidou da sorte
Até que um dia foi jurado de morte
A dívida foi se aumentando
Ele foi se complicando
E mais cocaína usando
Já devia demais e deixou as encomendas para trás
E dizia que a dívida era pouca
E matou um dos homens da boca
Ele foi pego em uma emboscada
Uma coisa muito bem planejada
Ele foi esculachado
E depois esquartejado
Isso tudo porque o cabra da peste
Queria se livrar da seca do nordeste.

Most popular songs of Revolucida

Other artists of Classical Symphonic