Último Poema

Manuel Mendes / Vasco Lima Couto

Então até amanhã meu dia triste
Na taverna da noite do meu fado
Onde canto o amor que não existe
Neste meu amanhã abandonado

Grito dentro de mim a noite e o dia
Nesta hora do sonho mais profundo
Que regressa na voz da despedida
Com que te vejo por estar no mundo

Nas palavras amadas que perdi
O ontem que tu foste já me foge
Então até amanhã, disseste, e eu vi
Que o amanhã não chega ao ontem de hoje

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