Mil Novecentos e Além
Era tarde da noite
Não havia ninguém
Quando um homem de ouro com um cinto de couro
Desceu falando do além
Desceu falando do além
Me levou pra conhecer
As florestas do além
Os rios do infinito
Tudo igual ao escrito
Aos que existem na terra também
Aos que existem na terra também
De tudo eu via e algo me dizia
Que na terra eu estava
Pois via que as flores já não tinham cores
Só o vermelho restava
Já era dia
Mas o céu cinzento
E assim retornamos
Através dos anos
Juntos também com o vento
Juntos também com o vento
e ele se foi
nem sei se eu chorei
pois o homem de ouro com cinto de couro
quem era até hoje eu não sei
até hoje quem era eu não sei
quem era até hoje eu não sei
até hoje quem era eu não sei...