Ato
Sérgio Santhiago
Vou invadir sua boca macia
Com minha língua
Com minha guia
Vou morder sua nuca, te apertar
Abraçar seus cabelos, te chamar
Dos nomes que’u inventar
Devorar teus seios, te espalmar
Te jogar na parede, me esfregar
Beber teu corpo suado
Tragar seu ventre molhado
Não quero mais parar
Me perder em suas aldeias
Ouvir teu corpo explodir
Liberar toda energia
Teu grito em rebeldia
Quero toda sua fantasia
Nesse encontro sem fim
Pernas desfilam sem parar
Seus pés no meu lugar
Minha boca se afoga no seu mar
Minha fêmea imoral
Prazer sem igual
Seu veneno ideal
Pra sempre seu animal
Venha me domar
E só você desigual
Que o ato é um fato
Que nunca é igual