Ar da Graça
Silvestre Moyses Loyolla Kuhlmann
A poesia há de vir
Enquanto a gente bota a mão
Na massa.
Enquanto a gente assa o pão,
Vem a inspiração.
Vem cá, irmão:
Vem que a canção vai dar
O ar da graça!
Graça suficiente que alegra a vida
E a gente mostra os dentes num sorriso.
Graça que se extravasa em nossas mãos
Se a gente enche a laje em mutirão
Quando é preciso;
Porque preciso é justo ao necessário,
Nem forte, nem fraco,
Nem retardatário,
Nem antes do tempo.
Movimento de acrobata, exato;
Se a vida é por um triz,
Entrego ao Deus atento.