Por Onde Você For

Por onde você for eu vou,
Eu vou pra lhe dizer, (dizer)
Não tem pra onde correr. (correr)
Não tem, onde se esconder!

Estado cabuloso eu vejo, quem não vê não sente.
Plano periculoso, foda-se o presidente.
Eu meto o pau naquela puta do olho vendado,
Numa delegacia, na mesa do delegado.
Muito problema, muita treta, para pouca algema.
Sei como funciona, a porra toda é só esquema.
Vem cá juiz, você não vai se livrar dessa.
Quanto custa pra eu sair do X, eu to com pressa!
Eu quero ver minha avó que já não conta com assistência
Morreu na fila, um a menos para previdência.
Eu to com sede, to com frio e to com fome.
Loco já esqueci meu nome,
Tenho que fuji dos homi!
Se liga ai que meu estilo é singular,
Ataca o sistema na jugular.
Eu vejo o ministério, o congresso e todo parlamento,
Na mira do meu fuzil, pelotão de fuzilamento.
Sangue tupinambá, pronto para guerrear.
Até as ultimas conseqüências vou lutar.
Dos filhos desse solo és mãe hostil.
Pátria amada Brasil!

Por onde você for eu vou,
Eu vou pra lhe dizer, (dizer)
Não tem pra onde correr. (correr)
Não tem, onde se esconder!

Sensacional é o método inédito, revolucionário.
Das forças armadas do rap eu sou mais um voluntário
Itinerário suicida, se tem amor à vida pegue a bíblia.
Pois trago mais rimas que chacina na periferia.
A sigla agora é só: T.E.R.R.O.R.
Combatente Maionese, terrorista da zona oeste.
Mc falsificado, faça sua prece!
Sucesso na mente é pura ilusão,
Se lembre bem tudo na vida que sobe desce.
Não vim aqui pra dar sermão, tão pouco ficar mudo.
Meu universo é on-line, minha rima janelas pro futuro.
Sou tiro certeiro, que aleija mais não mata.
Eu sou a raiva, sou o horror, o pesadelo do homem de gravata.
Eu sou a massa, o protesto, a voz de quem não tem.
Sou manifesto, os seus problemas são os meus também.
Sou como a verdade, nua e crua que explode sem medo.
Mais um filho da rua, sou a vitima do desespero.
Sem dinheiro, sem emprego, educação, direito a nada.
Sem assistência, sem programa, sem terra, sem reforma agrária.
Sou a revolta, de milhões de brasileiros.
O Robbin-Wood da selva de pedra, onde os últimos serão os
primeiros.
Minha mente é perigosa, pergunte a Michele Pfifer.
Os inimigos são os pinos do boliche, a minha rima é o strike.
Vou derrubando até não querer mais.
SP Funk, não somos do samba mais somos originais!

Por onde você for eu vou,
Eu vou pra lhe dizer (dizer)
Não tem pra onde correr (correr)
Não tem, onde se esconder!

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