Carreiro
Alembro o carro de boi, pra banda do chapadão,
misturando com a saudade, ô boiada, na poeira do estradão.
A cantiga do meu carro era muito conhecida.
O dueto do cocão, é boiada, chorando na subida.
Rodemo a estrada da vida sem poder vortá pra trai.
Meus boi já ficaram véio, é boiada, carro não canta mai.
Minha boiada carreira caminha junto comigo.
Do jeito que você sofre, ô boiada, também sofro contigo.
Meu véio carro de boi não tá mais nem rodando.
Tudo pára nesta vida, ô boiada, também já estou parando.
Seguindo a estrada da morte, caminho que tudo fai,
passa boi, passa carreiro, ô boiada, não vorta nunca mai.