Digno Fim
Para cumprir meu destino
Nesse mundo sem porteira
Levo meu sonho menino
Pra cruzar várias fronteiras.
Eu nasci no dia cinco
De quinta pra sexta-feira
E a minha bandeira finco
Nessaterra brasileira.
Carrego o sangue gaúcho
Pulsando em meu coração
Na luta aguento o repucho
Pra defender meu rincão.
Só peleio se agredido
Sou contra essa rebeldia
E a todos faço um pedido
Não matem por covardia.
Quando deixar meu rincão
Prefiro ser bem cremado
Do que podre e devorado
Pelos vermes num caixão.
Minha alma sobe em paz
Não fica vagando ao léu
Por ser do bem é capaz
De merecer logo o céu.