2004
Nostalgias acordadas antes fossem
Eu ando muito sonolento
Pra quem sempre preferiu a noite
Eu ando fraco demais pra tanto jab que dei
Ando ficando pra trás
Não dá mais
Eu sei
Que o sábio sabe o que ele tem que saber
E eu queria só ver
O que eu tivesse que ver
É só
Também quero ser melhor, ajudar quem eu puder
Mas pra eu não me afogar só nado onde da pé
Cortes e loops de memórias de um verso oculto
São só marquises queimadas
Famílias de lutos
Cacos e vultos
De um movimento abstrato
Traços de surto do gustavo de 2004
Sem nem um brinde na taça ou sorriso no quadro
Confuso e com vontade de ferrar com meu legado
E eu descobri que eu não sei mais cantar canções de um tempo atrás
Talvez agora eu viva clichês mais reais
Sem essa insegurança que me guia em temas banais (2X)
Enquanto houver gente pontos de vistas vão mudar
E quem eu sou é diferente do que eu sei mostrar
Aquelas pedras do barranco ainda são as mesmas
Mudaram drogas traficantes todas minhas certezas
Eu quero ir pra coimbrã e passeios de domingo
Sempre acometido por baixas de amigos
Você de vestido
E eu de ressaca
A vida é tão linda mas tão performática
Mas minhas chagas sempre me deixam decepcionado
Eu torço e corro
Espero que o mundo se acabe em tragos
Tangos e sacos de café embalado a vácuo
Mundo moderno
Café é a droga dos sensatos
Que mundo chato
Vou me mudar daqui num ato
Eu quero praias onde tudo seja só mato
Só vou levar comigo meus anjos e demônios
Meus pés descalços e talvez meus heterônimos
E eu descobri que eu não sei mais cantar canções de um tempo atrás
Talvez agora eu viva clichês mais reais
Sem essa insegurança que me guia em temas banais (2X)