Abismo de Amor

Cândido das Neves Índio

Ó lua, o argênteo véu se espalma
por sobre a noite eterna
que eu tenho dentro d'alma
Ao teu luar de prata
um beijo originou
o amor que aquela ingrata
em cinzas transformou
Ao teu luar!

Às ondas, espúmeas serpentinas
às líricas ondinas
à branca espumarada
um infeliz lamenta
que amando enlouqueceu
Ó lua prateada
esse infeliz sou eu!

Alvo sol, branca luz
que iluminaste sobre a cruz
a fronte de Jesus
vem luzir por sobre a minha dor
Ó vem ungir minh'alma a cair
neste abismo de amor

Oh! Lua, pudesse eu, qual um astro,
Na Luminosa umbela
Seguir-te o elúrneo rastro
E, de saudade dela,
No espaço derramar
O pranto que entre estrelas
Transforma-se ao luar.
A meditar, ho! Lua,
Assim entre a cortina
Da al;cova constelada,
De renda alabastrina
Qual noiva pensativa
Pareces minha amada.
Por quem a padecer.
Espero até morrer.

Trivia about the song Abismo de Amor by Vicente Celestino

On which albums was the song “Abismo de Amor” released by Vicente Celestino?
Vicente Celestino released the song on the albums “60 Anos de Canção” in 1968 and “Vicente Celestino” in 1999.
Who composed the song “Abismo de Amor” by Vicente Celestino?
The song “Abismo de Amor” by Vicente Celestino was composed by Cândido das Neves Índio.

Most popular songs of Vicente Celestino

Other artists of Old Guard