Castelo de Areia

Cândido das Neves Índio

Saudade tédio e dor, trindade amarga
Que alarma dolorosa me domina
Não posso por meu coração à larga
Uma tristeza enorme me assassina

Meu pobre coração assiste a trama
De amor que em tantos íntimos prediz
Já que Deus não ouve os gritos de quem ama
A lágrima é o protesto do infeliz

Ai, se fito o firmamento
Simbólio azul franjado em prata
Logo ao pensamento
Vem aquela ingrata

Lua deusa da natura
Tu que viste o beijo
Dada após a jura
Caindo em meus braços
Fez pura aquela estrela

Lua tudo fiz para esquecê-la, mas em vão
A saudade não me sai do coração
Áurea catedral do meu ideal
Como um castelo de areia tombou

Nômade que sou, choro os prantos meus
Nascem d'alma num protesto a Deus
Vai, nessa saudade, a minha mocidade
Vai se estiolando oh! Senhor!
Já que não há esperança
Tirai-me da lembrança
A história desse amor

Senhor, maior que as dores que sentiste
Maior que a dor de ser crucificado
Maior Senhor, que tudo o que carpiste
É a dor que sente um desprezado

Amor ambicionada desventura
Que ao pórtico da morte me conduz
É dado aos infelizes ter na sepultura
O amor simbolizado numa cruz

Trivia about the song Castelo de Areia by Vicente Celestino

When was the song “Castelo de Areia” released by Vicente Celestino?
The song Castelo de Areia was released in 2001, on the album “Vicente Celestino Em Sua Canções Célebres”.
Who composed the song “Castelo de Areia” by Vicente Celestino?
The song “Castelo de Areia” by Vicente Celestino was composed by Cândido das Neves Índio.

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