Força de Expressão
Eu ontem recebi a tua carta
Que é um grito de revolta e de rancor
E li à meia voz que me descarta
De mim, dos sonhos teus, do nosso amor
Erraste com certeza, no endereço
Quiseste ser cruel, mas foi em vão
A alma não se vira pelo avesso
Nem se destrói o próprio coração
Relembro das juras que fazias
Perante a santa virgem em seu altar
E agora relembrando aqueles dias
Não creio que me possas doriar
Teu ódio, teu rancor, tua explosão
É tudo simples força de expressão
Porque nas estrelinhas assim leio
Te amo, quando dizes te odeio
Eu sei que a minha sombra te persegue
E o pranto que choraste confirmou
Embora o teu capricho tudo negue
O teu amor por mim continuou
A carta que escreveste por vaidade
Prediz que o teu orgulho está no fim
Mostrando que padeces de saudade
Que vive simplesmente para mim